tag:blogger.com,1999:blog-52244106283207346882024-03-13T07:45:19.157-03:00Comunidade AssexualA Comunidade Assexual é um espaço para assexuais e não assexuais interagirem, conversarem e aprenderem mais sobre a assexualidade.Shahttp://www.blogger.com/profile/10866334221124235267noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-5224410628320734688.post-77973025823763622602021-10-28T17:57:00.000-03:002021-10-28T17:57:03.959-03:00Pesquisa Internacional<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-OOh8DmBoMCQ/YXsIwLzc81I/AAAAAAAAao8/NBAwoFRC7ZUtWcOMFQr5aXGX7jBBb92dgCLcBGAsYHQ/s896/pesquisa-ace2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="440" data-original-width="896" height="196" src="https://1.bp.blogspot.com/-OOh8DmBoMCQ/YXsIwLzc81I/AAAAAAAAao8/NBAwoFRC7ZUtWcOMFQr5aXGX7jBBb92dgCLcBGAsYHQ/w400-h196/pesquisa-ace2.jpg" width="400" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;">A <a href="https://acecommunitysurvey.org/" target="_blank">Ace Community Survey Team</a> faz uma pesquisa anual que coleta informações importantes sobre a demografia e experiências dos membros da comunidade ace mundial, criando um conjunto valioso de dados para futuros ativistas e pesquisadores da comunidade.</p><p style="text-align: justify;">A de 2021 já está recebendo respostas. Todos, assexuais, alossexuais e indecisos a partir dos 13 anos de idade podem participar. Também é possível pular questões em que você não se sinta confortável para responder.</p><p>A pesquisa tem 30 páginas, então é preciso tempo para completá-la.</p><p><a href="https://forms.gle/ksKotXyeyqd7poMg8" target="_blank">Formulário em inglês</a></p><p><a href="https://asexualcensus.files.wordpress.com/2021/10/2021-portuguese-translation-guide.pdf" rel="nofollow" target="_blank">Tradução do formulário</a></p><p>Esse post será atualizado com as partes principais do resultado dessa pesquisa.</p>Shahttp://www.blogger.com/profile/10866334221124235267noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5224410628320734688.post-72084323939556608272020-03-28T13:44:00.002-03:002020-03-28T13:44:29.585-03:00Assexualidade no BBB<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" data-original-height="627" data-original-width="1200" height="332" src="https://1.bp.blogspot.com/-wDUsEaRxuns/Xn9-orVHM7I/AAAAAAAAZ34/c4szX8Yhoww9z8kxnlmiCQp4FcLlDTJlgCLcBGAsYHQ/s640/assexual-bbb.jpg" width="640" /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Por Giórgia Neiva</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Assexualidade</b> humana é uma orientação sexual definida por falta de atração
sexual. Pessoas assexuais não sofrem do mesmo estigma social
experimentado pelos(as) LGBTs, mas isso não significa dizer que não há
estigmas a serem enfrentados no que se refere à assexualidade, posto que a
sociedade em que vivemos sugere que praticar sexo é ser e estar na
normalidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aos poucos, esse imperativo de ter vida sexual ativa como sinônimo de saúde
e normalidade tem sido questionado pelas ciências psicossociais e biomédicas,
sociedade e cultura. Parte desse questionamento se deve aos esforços e às
ações politizadas realizadas por assexuais que buscam por meio de fóruns
presenciais e online visibilidade para causa e despatologização dessa
orientação sexual, especialmente por sofrerem na pele a discriminação e o
preconceito provenientes da prerrogativa de abdicarem de práticas sexuais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tais esforços politizados por parte de pessoas assexuais coadunam com as
iniciativas da Associação de Psiquiatria Americana (APA) em reformular seus
próprios conhecimentos oriundos do século passado, isso porque os manuais
de Diagnóstico e Estatística da American Psychiatric Association (DSMs) não
fornecem escalas e normas definidas, mas, simultaneamente, assumem a priori
uma sexualidade normativa como medida comparativa para os seres humanos.
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nesse sentido, os fóruns online nacionais e internacionais sobre assexualidade
ganham fôlego maior porque a causa também chama atenção da mídia
hegemônica e alternativa. No Brasil, o debate está em alta, ainda mais agora
em que um participante do programa da Rede Globo chamado <b>Big Brother
Brasil</b>, em sua 20ª edição, se autoidentificou como assexual. Muitos
comentários foram gerados a partir desse programa televisivo e é importante
notar que as suposições de que qualquer relacionamento afetivo precisa ter
prática sexual são problemáticas e mostra que a linguagem atual para
descrever os relacionamentos íntimos é limitante e guiada por argumentos
estereotipados.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os estereótipos endossam a ideia persistente de que desejo sexual é inerente
ao ser humano. Podemos perceber, a partir dos comentários gerados sobre o
programa BBB, que a maior parte das pessoas que comentam o reality show
se empenhou em duvidar se a identidade assexual existe de verdade, se é
verdadeira ou falsa a ausência de desejo sexual no humano. Isso mostra que a
assexualidade adquire certa visibilidade, mas que ainda há um grande percurso
a ser percorrido para desmistificar os preconceitos e estigmas sociais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
De toda maneira, é inegável que a assexualidade encoraja a imaginar outros
caminhos de afiliação e arranjos afetivos e familiares. Além disso, o
reconhecimento da existência dessa orientação sexual pode servir para
questionar a heteronormatividade, que privilegia as relações sexuais contra
outras afiliações.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Shahttp://www.blogger.com/profile/10866334221124235267noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5224410628320734688.post-61473899367344384892017-08-23T16:53:00.001-03:002020-02-13T16:16:13.098-03:00Casais Assexuais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-kXqWSaHgvlY/WZw4MSxQhGI/AAAAAAAAWfE/wFrxcvFwU_QQlLnrWC6kh7114-uDEouOACLcBGAs/s1600/casal-ace-casal-assexual.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="253" data-original-width="600" src="https://2.bp.blogspot.com/-kXqWSaHgvlY/WZw4MSxQhGI/AAAAAAAAWfE/wFrxcvFwU_QQlLnrWC6kh7114-uDEouOACLcBGAs/s1600/casal-ace-casal-assexual.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
<div style="text-align: center;">
<br /></div>
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Algumas pessoas quando se descobrem assexuais pensam que nunca conseguirão ter um relacionamento amoroso com alguém devido à sua falta de interesse em sexo. Outros acreditam que casais assexuais são praticamente uma lenda. Então vamos mostrar duas lindas histórias para vocês se animarem a não desistir de buscar sua felicidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-tXMxj9G4HQA/WZw7dERJ2LI/AAAAAAAAWfQ/J9nPl_AK-uETdNi-GMVgWX9ZvOF6WPNpQCLcBGAs/s1600/aspas.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="78" data-original-width="100" src="https://1.bp.blogspot.com/-tXMxj9G4HQA/WZw7dERJ2LI/AAAAAAAAWfQ/J9nPl_AK-uETdNi-GMVgWX9ZvOF6WPNpQCLcBGAs/s1600/aspas.png" /></a> T<span style="text-align: justify;">enho 38 anos, sou divorciada e tenho um filho de 7 anos.
Eu sempre fui rotulada como esquisita pela minha família. Mas me "esforcei" bastante para me encaixar. Fui casada por 11 anos e meu filho é fruto desse relacionamento. Era um casamento fadado ao fracasso porque eu nunca o amei e não gostava de ter relações sexuais.
Só me descobri </span><a href="http://www.assexualidade.com.br/p/dicionario.html" style="text-align: justify;" target="_blank">demissexual</a><span style="text-align: justify;"> durante a terapia pós-divórcio. Na designação da minha psicóloga, </span><a href="http://www.assexualidade.com.br/p/dicionario.html" style="text-align: justify;" target="_blank">sapiossexual</a><span style="text-align: justify;">, mais precisamente.</span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A partir dessa nova nomenclatura, comecei a pesquisar sobre esse assunto no Facebook. Num grupo privado, vi um <i>post</i> sobre um grupo no Whatsapp. Passei a participar. Trocar ideias, de assuntos em geral.
Um dos membros me indicou outro grupo. Nesse grupo que conheci meu marido atual que também é demissexual. Não tinha muita pretensão. Eu havia me decidido a abandonar qualquer sonho de relacionamento. Afinal, como eu sempre ouvi: eu era muito fresca, muito exigente etc.
Minha "sorte" é que sempre fui muito ocupada com filho, carreira, etc. Então eu conseguia sufocar e mascarar bem o meu lado romântico.
Só que, desde a primeira conversa, ele perturbou minha mente. Rolavam afinidades inquestionáveis. Ele me fazia rir. Eu podia ser eu mesma. Não precisava fingir ser meiga e fofa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
As conversas no grupo eram diárias, até que ele me chamou no privado e começamos a conversar mais. Horas a fio de assuntos intermináveis.
Até que em outubro conversamos até o amanhecer. Nesse dia, ele me pediu em namoro. Eu aceitei. Ignoramos a distância e ficamos em fazer as coisas acontecerem. Eu moro em Roraima. Ele morava no interior de São Paulo.
Em dezembro fui para o Rio de Janeiro passar as férias de fim de ano com a minha família. Ele se programou no trabalho para passar as festas e os fins de semana comigo.
Até hoje me lembro do quanto eu me achava louca de pegar um táxi, rodar mais de duas horas até a rodoviária, para ir encontrá-lo. O ônibus dele atrasou e meu desespero só aumentava.
Quando eu achei que meu coração ia se acalmar, ele se descompassou quado eu o vi chegando. Tal qual nas fotos, tal qual eu sonhara.
Minha família se encantou por ele. Tivemos momentos incríveis. Ele me tirou no amigo oculto de Natal. Fez uma declaração que deixou sem palavras, sem chão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
O pedido de casamento foi feito no dia 26/12/16. Eu aceitei.
Mas férias acabaram. E veio a longa espera até abril, quando ele teria 20 dias de férias. Então ele veio para Roraima, conhecer minha mãe, conviver mais com o meu filho. Minha mãe é daquelas pessoas difíceis de se cativar e que dificilmente gostam de alguém. Ela o adora.
Meu filho o ama muito.
Decidimos nos casar em agosto, quando ele terminaria a faculdade e viria para cá em definitivo. Nosso casamento foi dia 12/08/17."<br />
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<br />
<div class="separator" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">
<img alt="divisória" border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/--xEdXmOzrC0/T2D-mqjXqtI/AAAAAAAAB5s/zO6orvIQVlA/s1600/linha.jpg" /></div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-tXMxj9G4HQA/WZw7dERJ2LI/AAAAAAAAWfU/tmiUywOxihELudpLxIWbiCvkAXzG18OuACPcBGAYYCw/s1600/aspas.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="78" data-original-width="100" src="https://1.bp.blogspot.com/-tXMxj9G4HQA/WZw7dERJ2LI/AAAAAAAAWfU/tmiUywOxihELudpLxIWbiCvkAXzG18OuACPcBGAYYCw/s1600/aspas.png" /></a>Sou do RJ, tenho 31 anos e entendo-me como assexual ginerromântico. Sabia que era diferente desde pequeno, só não conhecia um termo para isso. Tentei namorar com algumas alos, sem sucesso. Achava os relacionamentos amorosos verdadeiros fardos. Por volta de 2010/2011 descobri na internet a assexualidade e me identifiquei de cara. Conheci alguns aces pela internet, mas nenhum pessoalmente, até 2018. Ao navegar em um grupo do Facebook sobre assexualidade vi um post dela. Dei uma resposta simples que a fez me notar: ace cuida de ace. Começamos a conversar pelo chat do Facebook e logo estávamos fazendo chamadas de vídeo, pois precisávamos um do outro. Éramos amigos e demoramos 4 meses e meio até nos encontrarmos. Em junho de 2018 resolvi encontrá-la pessoalmente. Parece clichê, mas ao vê-la não sabia o que dizer, disse apenas um "oi", meio tímido. Nos divertimos demais no MAM (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro) e ao nos despedirmos beijei-a. No primeiro encontro começamos a namorar e algum tempo depois resolvemos morar juntos. Quase dois anos se passaram e continuamos felizes."<br />
<br />
<div class="separator" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;">
<img alt="divisória" border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/--xEdXmOzrC0/T2D-mqjXqtI/AAAAAAAAB5s/zO6orvIQVlA/s1600/linha.jpg" /></div>
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<a href="https://1.bp.blogspot.com/-tXMxj9G4HQA/WZw7dERJ2LI/AAAAAAAAWfU/tmiUywOxihELudpLxIWbiCvkAXzG18OuACPcBGAYYCw/s1600/aspas.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="78" data-original-width="100" src="https://1.bp.blogspot.com/-tXMxj9G4HQA/WZw7dERJ2LI/AAAAAAAAWfU/tmiUywOxihELudpLxIWbiCvkAXzG18OuACPcBGAYYCw/s1600/aspas.png" /></a>Sou do RJ, <a href="http://www.assexualidade.com.br/p/dicionario.html" target="_blank">assexual estrita</a>. O conheci numa boate. Eu estava num dia ruim e ele também. Não queria participar de nada e pegação não me interessava. Resolvi ficar sentada num cantinho observando tudo, ele se aproximou resolveu puxar conversa, a princípio pensei que ele estava interessado em mim, mas depois ele demonstrou que só queria bater papo mesmo. A conversa rendeu, rimos muito, no final da noite acabou que trocamos um beijo, mas não trocamos contato porque eu realmente não estava interessada em relacionamentos e queria manter distância de qualquer possibilidade de um.<br />
<br />
Cerca de 6 meses depois nos esbarramos em outro evento da região. Novamente conversamos por horas e a conversa foi ótima. Ele pediu outro beijo e eu neguei. Não queria que continuássemos esse tipo de envolvimento. Fiquei com receio dele se afastar, mas para minha surpresa, continuamos papeando, e dessa vez sem cortejos. Dessa vez trocamos contato, pois havíamos conversado sobre envolvimento e ficou claro para ambos que não rolaria nada além de amizade.<br />
<br />
O tempo foi passando, continuávamos conversando e o interesse ressurgindo... Acabou que começamos a ficar novamente e quando vi estávamos namorando. E agora?! Eu já havia contado que era assexual e ele não teve nenhuma reação negativa quando contei. Até disse: 'Sou mais ou menos assim também.'. Mas não levei à sério porque muitos <a href="http://www.assexualidade.com.br/p/dicionario.html" target="_blank">alos</a> usam esse discurso para se aproximar de assexuais. O tempo foi passando e como era de se esperar em algum momento precisamos conversar sobre sexo. Expliquei que sexo para mim é indiferente. Ele respondeu que tudo bem. Que apesar de sentir atração, ele não via tanta necessidade de sexo, então não encontraria nenhum problema em ficar sem. Combinamos isso. Ficaríamos sem por um tempo e quando eu me sentisse à vontade a gente faria vez ou outra.<br />
<br />
Depois de uns 3 meses de namoro, começo a perceber que ele simplesmente não consegue entender como as pessoas sentem atração primária. Ele só consegue sentir atração quando tem algum vínculo com a pessoa. Sim, ele é demissexual! Eu não acreditei quando descobri, já estávamos namorando e nada disso tinha sido planejado, e perceber que eu estava namorando outro <a href="http://www.assexualidade.com.br/p/dicionario.html" target="_blank">ace</a> foi uma maravilhosa surpresa. Esse relacionamento durou 3 anos e meio, infelizmente acabou, mas foi maravilhoso enquanto durou."<br />
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Obs: Nomes foram omitidos e fotos não divulgadas à pedido dos casais.</div>
Shahttp://www.blogger.com/profile/10866334221124235267noreply@blogger.com19tag:blogger.com,1999:blog-5224410628320734688.post-43718937103617494072016-11-09T15:54:00.004-02:002020-08-18T17:35:05.627-03:00Definição de Assexualidade<div style="text-align: justify;">
No nosso site está em destaque a nossa definição de assexualidade, em que "Assexual estrito é a pessoa que não tem interesse na prática sexual com outra pessoa". Porventura, a definição mais utilizada entre as comunidades assexuais é a criada pela AVEN - Asexual Visibility and Education Network (Rede de Educação e Visibilidade Assexual) -, "assexual é a pessoa que não experiencia atração sexual". </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Porque não adotamos a mesma definição da AVEN</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não achamos que a definição da AVEN está errada, pelo contrário. Mas, percebendo imperfeições nela, tentamos construir a nossa própria definição corrigindo o que acreditávamos ser necessário para um melhor entendimento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A atração sexual, considerando o conhecimento comum, pode parecer se restringir ao impulso orgânico que se dá entre pessoas de sexos opostos ou não visando a prática do ato sexual. A psicologia e a psicanálise, por sua vez, com a concordância de outros setores da educação, possuem uma visão mais ampla da atração sexual, a qual abrangeria não apenas o que foi descrito aqui, mas também o contato físico entre pessoas, a vontade de abraçar e ser abraçado, e diversas outras formas de contato interpessoal relacionadas à uma pulsão que ocasiona o prazer. Logo, nesse contexto, a falta de atração sexual não seria a melhor forma de descrever a assexualidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Procurando uma definição mais específica, chegamos à já falada "assexual é a pessoa que não tem interesse na prática sexual com outra pessoa". E assim acordamos pois a falta de interesse na prática sexual está mais inclusa na realidade da assexualidade que a falta de atração sexual, pois o assexual pode sentir atração sexual em um entendimento psicanalítico sem sentir interesse pela prática sexual com outra pessoa. E a finalização da definição com "outra pessoa" é também muito importante, pois a masturbação pode ser considerada uma prática sexual, a qual é praticada por muitos assexuais, logo, "com outra pessoa" não exclui a masturbação como prática possível ao assexual. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Nenhuma definição está totalmente correta?</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Tanto a definição da AVEN quanto a nossa, vistas de uma forma literal, podem ser consideradas errôneas, pois, ao dizerem que o assexual não experiencia atração sexual e que não tem interesse pela prática sexual com outra pessoa, estariam excluindo os demissexuais e gray-a, assexuais da área cinza, que podem ter interesse na prática sexual com outrem em situações extremamente específicas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entretanto, o erro das definições se dão apenas pela forma interpretativa utilizada. Em uma interpretação mais ampla, a falta de interesse por relações sexuais pode ser vista de forma relativizada, o que intercala com a ideia de que as orientações sexuais não são totalmente desmembradas, mas sim que possuem várias pontos de conexão, manifestando-se diferentemente de cada pessoa.</div>
Shahttp://www.blogger.com/profile/10866334221124235267noreply@blogger.com26tag:blogger.com,1999:blog-5224410628320734688.post-67550416918958784352016-10-27T09:54:00.000-02:002020-02-10T14:27:32.975-03:00A Pesquisa de Elisabete Oliveira<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-TaNL83rfaEg/XkGSVBo-73I/AAAAAAAAZ1Q/C4P_kINLpPwYuIiiuGZ6tkQEBPdr9XZLQCLcBGAsYHQ/s1600/elisabete.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="454" data-original-width="466" height="311" src="https://1.bp.blogspot.com/-TaNL83rfaEg/XkGSVBo-73I/AAAAAAAAZ1Q/C4P_kINLpPwYuIiiuGZ6tkQEBPdr9XZLQCLcBGAsYHQ/s320/elisabete.jpg" width="320" /></a></div>
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<br /></div>
<br />
Elisabete Regina de Oliveira é graduada em educação, sexualidade, diversidade sexual e relações de gênero. Ela foi a primeira pessoa no Brasil a pesquisar profundamente a assexualidade. Defendeu sua tese sobre o tema na USP, Universidade de São Paulo, em 2014. Agora ela conta para nós como foi o processo de pesquisa.</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-nXoxpyMUGxo/V-L-WublOGI/AAAAAAAAVdU/jLtbje-ap1QtiGhE0amHgZ1Kvgz5RQyYwCPcB/s1600/aspas.png" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://4.bp.blogspot.com/-nXoxpyMUGxo/V-L-WublOGI/AAAAAAAAVdU/jLtbje-ap1QtiGhE0amHgZ1Kvgz5RQyYwCPcB/s1600/aspas.png" /></a>Quando iniciei minha pesquisa de doutorado sobre a assexualidade, em 2009, eu não via a menor possibilidade de conseguir pessoas dispostas a dar entrevistas para a pesquisa. Isso porque, naquela época, havia somente alguns grupos de "assexuados" - era assim que se autodenominavam naquela época - no falecido Orkut. Os membros desses grupos escondiam-se atrás de pseudônimos e avatares. Era impossível conhecer sua identidade, estabelecer um contato para apresentar a pesquisa. Para mim, era angustiante imaginar a opressão enfrentada por essas pessoas, que as levava a uma existência virtual anônima.</div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Isso começou a mudar quando coloquei no ar o <a href="http://assexualidades.blogspot.com.br/" target="_blank">Blog Assexualidades</a>, que tinha o objetivo de difundir a escassa pesquisa acadêmica sobre a assexualidade sendo desenvolvida no exterior. Só após o lançamento do blog é que as pessoas assexuais foram se aproximando, me procurando, me escrevendo, mostrando-se surpresas e felizes em saber que havia uma pesquisa acadêmica sobre a assexualidade em andamento no Brasil, oferecendo sua contribuição para tornar a pesquisa possível. No final, consegui 40 voluntários de todo o Brasil! A cada e-mail que recebia, fui conhecendo melhor a opressão, o sofrimento que muitos deles enfrentavam na sociedade. O sofrimento que os levava a viver "no armário", tanto na vida real como no mundo virtual.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
À primeira vista, parece que as pessoas assexuais não sofrem a mesma opressão que a população de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros - LGBT. Mas uma das primeiras coisas que descobri quando comecei a pesquisa é que muitos assexuais são homorromânticos, birromânticos, pan-românticos e transgêneros. Ou seja, existe uma população assexual que se relaciona romanticamente com o mesmo sexo, estando portanto, sujeitas às mesmas discriminações que os LGBTs sofrem. Isso porque, se houver um casal homorromântico andando de mãos dadas na rua, este corre o mesmo risco de sofrer violência e discriminação por causa da homofobia. Isso ocorre porque em nossa sociedade existe a PRESUNÇÃO da atividade sexual para todas as parcerias românticas. O sexo é privado, ninguém sabe o que os casais fazem entre quatro paredes. Mas o relacionamento é público, e como existe a presunção da atividade sexual, essa presunção também vale para casais homorromânticos. Sexo entre iguais é intolerável para os setores conservadores da sociedade; amor, então, nem se fale! Entre os meus entrevistados - independente da orientação afetiva - quase todos enfrentaram homofobia em algum momento da vida, por serem percebidos como homossexuais, mesmo não sendo. Na lógica da sociedade, se não é hétero, só pode ser homo. Além disso, uma mulher transexual assexual no espaço público, corre o mesmo risco de outras transexuais e travestis de sofrer de violência, insultos e discriminação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Aí, temos os heterorromânticos. Muita gente pensa que esses são os assexuais que menos sofrem opressão quando estão em parceria amorosa. De fato, o casal heterorromântico não vai sofrer violência se estiver andando de mãos dadas na rua. No entanto, sua autoidentificação assexual - se resolverem "sair do armário" - não será compreendida pelos amigos, família e sociedade. Como existe a presunção da atividade sexual, se eles nunca se identificarem publicamente como assexuais, nunca serão questionados, pois todos pensarão que eles fazem sexo. Porém, a falta de desejo sexual e interesse por sexo ainda é patologizada em documentos importantes como o DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). Dou como exemplo didático, um casal casado, no qual um deles seja assexual e não pratique sexo com o parceiro. O parceiro assexual pode ser acusado pelo cônjuge de ter um transtorno mental que o cônjuge desconhecia antes do casamento, (o chamado no Direito de erro essencial). Isso dá base para a anulação do casamento, por incrível que pareça. Isso decorre da norma que estabelece que todo casal faz sexo. Ainda que possa haver dúvida quando são solteiros, quando se casam a presunção de sexo é de 100%.</div>
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<br /></div>
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E os arromânticos e arromânticas? Esses assexuais são cobrados desde muito cedo o interesse pelo sexo oposto. Eu entrevistei mulheres assexuais que me contaram que nunca se identificaram com parcerias amorosas. Uma delas me contou que desde criança, quando ela ia em casamentos, ela não via nenhum sentido naquilo, ela sabia que nunca iria se casar. Mas os adultos costumam dizer para a criança que isso vai mudar quando eles crescerem. Entram na adolescência vendo os amigos e amigas se interessarem por namorados, e podem sentir-se esquisitos, isolados, estranhos por não sentirem a mesma inclinação. Embora possa não haver uma pressão interna, existe uma forte pressão externa pela conformação ao padrão. Uma das mulheres arromânticas que eu entrevistei me contou que durante a adolescência, ela disse aos pais que não queria namorar para se dedicar inteiramente aos estudos. Na escola, ela era vista como nerd. Os pais tinham muito orgulho do sucesso acadêmico da filha e ela foi levando a vida até o final da faculdade. Quando se formou, conseguiu um ótimo emprego, aí começaram as cobranças dos pais que queriam um genro e netos. Esta jovem atingiu um grande sucesso profissional e material, viaja pelo mundo, escreve livros, dá palestras, mas quando vai visitar os pais, eles não perguntam sobre suas vitórias, mas perguntam se ela tem namorado, quando vai casar e ter filhos. Nenhuma de suas conquistas é valorizada porque ela não se casou e não teve filhos.</div>
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Os homens não têm tanta sorte na adolescência, ou seja, não têm a sorte de poder dizer para todo mundo que não vai namorar porque querem se concentrar nos estudos, pois os meninos - ao contrário das meninas - são encorajados a buscar sexo desde muito cedo; sofrem pressão dos amigos, do pai, dos tios, dos primos. O modelo de masculinidade hegemônica exige que os homens tenham forte interesse por sexo. Portanto, a masculinidade assexual seria considerada uma masculinidade menor, em comparação com a masculinidade hegemônica. E a feminilidade assexual que não deseja casamento e maternidade também sofre grande pressão e é considerada uma feminilidade menos feminina, pois casamento e maternidade ainda têm o status de missão de perpetuação da família nuclear tradicional e de ser o maior "sonho" de todas as mulheres.</div>
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<br /></div>
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Por último, um outro tipo de opressão relatada por meus entrevistados é a expectativa da atividade sexual por parte do parceiro não assexual. Para alguns e algumas, a ideia do sexo é muito problemática, causa angústia, tristeza. Muitos e muitas me contaram que foram abandonados/as pelos/as parceiros por não conseguir corresponder à expectativa. Algumas mulheres me relataram seu medo de nunca encontrarem um homem que as aceite como são. Não foi surpresa constatar que dos meus 40 entrevistados, mais de 80% não tinham uma parceria amorosa na época da entrevista. Mas nem todos se sentem infelizes com isso.</div>
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<br /></div>
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Portanto, os quatro pilares da sexo-normatividade, estabelecem padrões sociais opressores sobre as pessoas assexuais, conforme os exemplos mencionados, extraídos da minha pesquisa.</div>
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Nosso agradecimento à Elisabete por nos ajudar e nos representar tão bem. Você fez toda a diferença. Obrigada!<br />
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<br />
<b>Atualização:</b> Infelizmente Elisabete faleceu em 2018 devido a um Câncer. Ficará sempre em nossa memória.</div>
Shahttp://www.blogger.com/profile/10866334221124235267noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5224410628320734688.post-8358597773792859962016-10-23T11:19:00.008-02:002020-08-19T14:55:03.692-03:00Semana da Consciência Assexual<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="294" src="https://4.bp.blogspot.com/-qfEsYFK4G4Q/WAy4qFOBGeI/AAAAAAAAVqs/AF4b_q4badwCjJHNMFQvGIYlhonn8jTQwCLcB/s320/semana-assexual.jpg" width="320" /></div>
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<b><br /></b></div>
<b><span face="" style="background-color: white; color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><br /></span>
</b><div style="text-align: justify;"><div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;">No final de outubro é a Semana da Consciência Assexual. A Asexual Awareness Week - <a href="https://aceweek.org" target="_blank">aceweek.org</a> - foi criada em 2010 nos Estados Unidos para aumentar a visibilidade da assexualidade. É realizado pelo menos um workshop, palestra ou apresentação sobre a assexualidade e ocasionalmente os organizadores entram em defesa dos assexuais na mídia e divulgam o tema na comunidade LGBT+.</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;">Nessa semana é recomendado que os assexuais:</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;">● Tenham uma conversa sobre a assexualidade</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;">● Contem para alguém que é assexual</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;">● Realizem uma apresentação educacional</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;">● Usem as cores que nos representam em camisa, broche, boné, etc</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;">● Ajudem um assexual</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;">● Distribuam material sobre o tema</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;">● Escrevam um post sobre assexualidade</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;">● Pesquisem na AVEN (asexuality.org)</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;">● Falem com a comunidade LGBT+ local</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;">"Sair do armário" é recomendado, porque se ninguém falar, o assunto continuará desconhecido pela sociedade e por tanto o preconceito não será dissolvido. Os assexuais tem opiniões diferentes sobre isso. Confira alguns relatos do nosso <a href="https://assexualidade.forumeiros.com" target="_blank">fórum</a>:</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div><span face="" style="font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><div class="separator" style="clear: both; color: #1d2129; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s40/aspas-pequena.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="31" data-original-width="40" src="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s0/aspas-pequena.png" /></a></div><span style="color: #89548f;">Acho que meus pais se sentiriam menos desconfortáveis se eu me revelasse homo-afetiva do que assexual. Mas não sinto necessidade de assumir para eles. Acho que por serem pais, ficariam chateados. Como muitos progenitores, querem que todos os filhos procriem também." Ana K</span></span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s40/aspas-pequena.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="31" data-original-width="40" src="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s0/aspas-pequena.png" /></a></div>Eu só contei para pessoas próximas e no geral agiram bem. Mas tenho a sensação de que eles acham que é frescura ou que é só uma fase." Xingmis</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div><span face="" style="font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><div class="separator" style="clear: both; color: #1d2129; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s40/aspas-pequena.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="31" data-original-width="40" src="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s0/aspas-pequena.png" /></a></div><span style="color: #89548f;">Contei e não tive problemas em me declarar. Obviamente que você vai encontrar piadas e pessoas dizendo que é só uma fase, que você não encontrou a pessoa certa. Ainda não fui considerado gay, mas creio que é porque sempre faço questão de diferenciar uma da outra quando digo. E comigo, pessoalmente, algumas pessoas vieram me perguntar a respeito da assexualidade, no sentido de curiosidade já que não conheciam o termo. Então para mim, foi uma experiencia positiva." Melquisedeque</span></span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s40/aspas-pequena.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="31" data-original-width="40" src="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s0/aspas-pequena.png" /></a></div>Só consegui contar para uma amiga que sabia que entenderia e não faria perguntas, mas não pretendo falar pra mais ninguém. Já sabem que não quero casar nem ter filhos, então não preciso entrar em detalhes." Soledad</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div><span face="" style="font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><div class="separator" style="clear: both; color: #1d2129; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s40/aspas-pequena.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="31" data-original-width="40" src="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s0/aspas-pequena.png" /></a></div><span style="color: #89548f;">Não falo nem que todos morram de curiosidade de saber o porquê sou meio diferente. Se conto, com certeza depois ficariam comentando da minha vida pelas costas. Eu por exemplo não tenho família compreensível." Coke</span></span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s40/aspas-pequena.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="31" data-original-width="40" src="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s0/aspas-pequena.png" /></a></div>Não vejo a necessidade de chegar e dizer: 'Sou isso'. Não entendo porque a sociedade padronizou que pessoas que não sejam heterossexuais têm que dizer para os outros com palavras claras 'SOU...'" Anônimo</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div><span face="" style="font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><div class="separator" style="clear: both; color: #1d2129; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s40/aspas-pequena.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="31" data-original-width="40" src="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s0/aspas-pequena.png" /></a></div><span style="color: #89548f;">Falei só para 4 pessoas e me arrependi. Basicamente ouço comentários do tipo: 'Assume logo que é lésbica e para de palhaçada', 'Fala isso porque não encontrou a pessoa certa', 'Já que é santa e não faz nada deveria ser canonizada', entre outros. Como recebi esses comentários em troca, decidi que só conto pra alguém se realmente for relevante." Misha</span></span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s40/aspas-pequena.png" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="31" data-original-width="40" src="https://1.bp.blogspot.com/-Z11Ae8_w5n4/WAy2VkdtQKI/AAAAAAAAVqk/vwD2C0RxwLk_d1TSBuiRgn8sT04uEkbgACPcBGAYYCw/s0/aspas-pequena.png" /></a></div>Contei aos meus pais quando fiz dezoito anos! Bem, foi tranquilo, já que eles tem mente aberta, e a cobrança por netos não viria mais pra mim, já que a minha irmã tem um filhote! Mas claro, antes de me descobrir assexual, tive dúvidas. Era adolescente, tinha toda aquela pressão social e tudo mais... Mas hoje, isso não me intimida de forma alguma. Me sinto feliz assim." Temphy</span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;"><br /></span></span></div><div><span face="" style="color: #1d2129; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white;">Nós aqui também fizemos nossa parte. Em 2015 alguns assexuais se reuniram nessa semana pela primeira vez em frente ao MASP, em São Paulo. Esse ano houve encontros em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Natal. Veja todas as fotos no nosso álbum: <a href="https://goo.gl/A8Zb1V" target="_blank">goo.gl/A8Zb1V</a></span></span></div></div></div></div><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span face="" style="font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span><span style="color: #7f6000;"><br /></span></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span face="" style="font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span><span style="color: #7f6000;"><br /></span></span></span></span></div></div><div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<img border="0" height="335" src="https://4.bp.blogspot.com/-06k5kE1AFF8/WAzdJApXOyI/AAAAAAAAVq8/LbZWOYx1qE0fg7y1GzLrR0eoyosr3A38gCLcB/s400/12187762_1205388202808401_3155017361168692856_n.jpg" width="400" /></div>
<span face="" style="font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="font-size: 14px;"><b><br /></b></span></span></div>
Shahttp://www.blogger.com/profile/10866334221124235267noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5224410628320734688.post-4408469171096977132016-09-22T10:11:00.002-03:002016-09-24T20:26:36.053-03:00Questionamentos após a Descoberta da Assexualidade<div style="text-align: justify;">
A pessoa descobre o termo “assexualidade” e, ao pesquisar sobre ele, finalmente entende a si mesma. É um grande alívio. Ela não está sozinha. Existem outras pessoas como ela, e, por fim, ela poderá ficar em paz consigo mesma. Será?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após a descoberta da assexualidade, deparamo-nos com uma grande quantidade de questionamentos. É extremamente comum ver relatos de assexuais na internet apresentando dúvidas sobre uma possível “legitimidade” da sua assexualidade. “Eu posso ser assexual se eu for assim?”. “Ainda que eu me sinta de determinada forma, eu posso ser assexual?”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="color: white;"><span style="background-color: #8a5490;"> Masturbação </span> </span></b></h3>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Principal causador de questionamentos, muitos assexuais, em um primeiro momento, temem que o fato de praticarem masturbação possa significar que eles não sejam assexuais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em pesquisa realizada na AVEN (Asexual Visibility and Education Network), 70% dos assexuais do sexo masculino e 60% do sexo feminino afirmaram se masturbarem. Ocorre que a masturbação para o assexual possui significado diferente da mesma prática para os sexuais, pois o sexual geralmente pratica a masturbação como uma forma de simulação da relação sexual com outra pessoa, diferente do assexual.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Mas ver cenas de sexo podem me causar excitação, o que me leva à masturbação”. “Pensar em coisas sexuais podem me servir de estímulo à masturbação”. Apesar dessa realidade entre alguns assexuais, esses exemplos não “deslegitimam” a assexualidade dessas pessoas. Muitas vezes, o erotismo desse tipo de pensamento ou cena pode servir como ativador da libido – presente em muitos assexuais - que leva à excitação e, consequentemente, à masturbação. Mas isso não chega a fazer, via de regra, com que a prática da masturbação para o assexual ocorra como uma simulação de relação sexual com outrem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="background-color: #8a5490; color: white;"> Atração estética </span></b></h3>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Eu consigo perceber e admirar de forma bastante intensa a aparência física de pessoas de mesmo sexo que o meu ou do sexo oposto. Mas se o assexual não sente atração sexual, eu posso, então, não ser assexual?”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para entender a assexualidade, é necessário desmembrar alguns conceitos que costumam funcionar de forma conjunta para os sexuais. Da mesma forma que a atração romântica e a atração sexual são coisas diferentes para nós, a atração estética também pode se manifestar por si mesma sem depender da atração sexual e, por isso, não faz com que uma pessoa deixe de ser assexual pelo simples fato de sentí-la.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="background-color: #8a5490; color: white;"> Traumas e patologias </span></b></h3>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ao ler que "a assexualidade não é doença", algumas pessoas que se identificam como assexuais e já vivenciaram determinadas situações traumáticas ou que sofrem de certas patologias ficam receosas com a sua identificação assexual. Uma pessoa autista não pode ser assexual? Uma pessoa que já sofreu estupro não pode ser assexual?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Qualquer resposta generalizada que nós déssemos estaria errada, pois cada caso é um caso e não nos cabe julgá-los de forma geral. Mas é importante ressaltar, para responder essa questão, que o fato da assexualidade não ser uma doença não significa que pessoas portadoras de patologias e traumas não possam ser assexuais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<h3 style="text-align: justify;">
<b><span style="background-color: #8a5490; color: white;"> Sexo </span></b></h3>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
“Eu não tenho interesse nenhum na prática sexual com outras pessoas, mas, em algumas da vezes que fiz sexo, acho que posso dizer que gostei. Posso não ser assexual?”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para responder essa pergunta, precisamos nos encaminhar para um último tópico:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<h3>
<b><span style="background-color: #8a5490; color: white;"> Assexualidade é uma forma de identidade </span></b></h3>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você tentar encontrar uma base para o fato de você ser assexual na percepção da assexualidade que as outras pessoas possuem delas mesmas, questionamentos acerca da sua forma de identidade vão surgir, pois ninguém é igual a ninguém, logo, a sua percepção da assexualidade também não será igual à de ninguém.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Se você já se masturbou idealizando a prática sexual com outrem, ou mesmo se você já gostou de determinados momentos em que fez sexo, não necessariamente terá anulada a possibilidade de ser assexual, porquanto, além da existência da faixa cinza da sexualidade humana como estado intermediário entre a assexualidade e a sexualidade, não é o que você faz ou deixa de fazer que o torna assexual, mas sim o que você é. Não existe um diagnóstico ou mesmo um conjunto de características pré-determinadas para dizer se você é assexual ou não, pois assexualidade é como nós nos sentimos, como nós nos identificamos.</div>
Shahttp://www.blogger.com/profile/10866334221124235267noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5224410628320734688.post-70932383474620688772016-09-22T09:47:00.004-03:002016-09-22T10:02:06.455-03:00Ideias Distorcidas da Assexualidade<div style="text-align: justify;">
Tratar das concepções distorcidas que existem da assexualidade é uma missão extremamente delicada, pois denota a existência de uma visão correta e de outra errada. Mas onde se encontra essa divisão do certo e do errado? Até onde a assexualidade pode ser considerada como válida? Apesar desse grande desafio, não podemos deixar de lado o surgimento de posicionamentos perigosos sobre o tema e, por isso, precisamos nos manifestar. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Comentaremos dois depoimentos colhidos nas redes sociais que, infelizmente, não estão isolados, pois coadunam com pensamentos semelhantes de outras pessoas. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #8a5490;">"Sou virgem e assexual. Eu gostaria de saber se vocês conhecem algum lugar que faça uma cirurgia de retirada do clitóris. Já entrei em contato em vários lugares, mas nenhum deles faz. Pode ser uma clínica clandestina. Quero fazer essa operação porque desejo ser assexual por completo."</span></i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Uma das maiores dificuldades que as pessoas possuem no entendimento da assexualidade é diferenciarem “assexualidade” de “celibato”, pois enquanto neste a falta de sexo é uma escolha, naquele “não fazer sexo” é algo mais inato, mais natural. Se o sexual opta por não fazer sexo caso seja celibatário, o assexual, ao praticar sexo, não o fará por sentir atração sexual por outra pessoa, mas para corresponder ao parceiro, para ceder às pressões da sociedade, por uma necessidade de conhecer a própria sexualidade, dentre outros motivos. Lembrando que esses exemplos não abrangem os gray-a e demissexuais, aqueles que sentem interesse na prática sexual com outra pessoa esporadicamente. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A assexualidade é uma forma de identidade, não é um diagnóstico ou algo que possa ser alcançado por intervenção cirúrgica ou medicamentosa. Ou seja, uma pessoa não vai se tornar “assexual por completo“ – algo que não existe dentro dessa concepção – retirando o clitóris – ato o qual, precisamos deixar claro, é cirurgicamente perigoso e eticamente condenável. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #8a5490;">"Entendam sociedade machista e sexista do caramba, eu não quero ter relações sexuais apenas. Não sou arromântico, mas se as mulheres de hoje acham que necessariamente um relacionamento precisa de sexo, desculpa, eu prefiro ficar sozinho. Até porque procurar prazer nisso é idiotice. Só Deus te dá o verdadeiro prazer e satisfação, o resto é lixo."</span></i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O assexual não é um ser moralmente evoluído e muito menos o possuidor de uma forma ideal de comportamento sexual. A heterossexualidade, a homossexualidade, a bissexualidade, a pansexualidade e a assexualidade são todas formas de manifestação da sexualidade humana legítimas. Ou seja, sentir atração sexual não faz da pessoa um “idiota” ou um “lixo”, pelo contrário, pois buscar prazer no sexo é um ato natural para a maioria das pessoas sem que haja erro nisso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente, também é comum a associação da assexualidade como a “orientação sexual determinada por Deus”. Isso não é verdade. Como já foi dito, o assexual não é um ser mais puro ou moralmente superior, pois a atração sexual ou a falta dela não define caráter ou moral. Portanto, é extremamente errôneo, tanto do ponto de vista religioso, filosófico ou científico, condenar outras pessoas pelo sentimento de atração que possuem. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Para concluir, é importante reafirmar que assexual é a pessoa que não tem interesse pela prática sexual com outra pessoa, mas essa falta de interesse é algo que faz parte da própria construção da sexualidade do indivíduo, não abrangindo o celibato. Adotar o rótulo da assexualidade para justificar posicionamentos preconceituosos e patológicos é algo que deve ser evitado para coibir males maiores.</div>
Shahttp://www.blogger.com/profile/10866334221124235267noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5224410628320734688.post-14190748853457794532016-09-21T16:20:00.003-03:002016-09-30T13:57:12.058-03:00Assexualidade Não é uma Doença<div style="text-align: justify;">
Uma das maiores dificuldades enfrentadas por assexuais na busca da legitimação e aceitação da assexualidade pela sociedade é a solidificação da ideia de que assexualidade não é uma doença. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas de onde se originou essa ideia? E por que as pessoas veem a assexualidade como algo tão anormal? </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="background-color: #8a5490; color: white;"><b> Sexo é vida</b> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Depois de um período longo da história em que a prática sexual era reprimida e vista de forma extremamente negativa, a sociedade buscou superar todos esses tabus e, atualmente, vivemos uma fase de oposição à que se passou, em que o sexo ao invés de ser reprimido passou a ser valorizado e estimulado como prática natural humana. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O problema dessa nova visão acerca do sexo é a forma como ela é compreendida, pois se antes o sexo era proibido, ele passou a ser obrigatório. "Ninguém vive sem sexo", "ninguém é feliz sem sexo", "ninguém é saudável sem sexo". Opiniões como essas alienam a sociedade e, além de se tornarem um grande fardo para os próprios sexuais, fazem com que pessoas que não queiram praticar sexo pareçam ser anormais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><span style="background-color: #8a5490; color: white;"> Psicologia e psiquiatria </span></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A falta de desejo sexual é, muitas vezes, um problema. Tanto é que existem diversos tratamentos que buscam solucionar problemas das pessoas que passam, por exemplo, pelo transtorno do desejo hipoativo. Porém, o fato de grande parte das pessoas que não sentem desejo sexual terem algum transtorno relacionado, não significa que todas as pessoas que se encontrem nessa situação possuam algum problema que demande tratamento. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Infelizmente, grande parte dos psicólogos e psiquiatras ainda possuem essa visão generalizadora da falta de desejo sexual, considerando que a assexualidade seria um transtorno. E isso ocasiona uma grande perturbação por muitos assexuais que, ao se consultarem com esses profissionais, são patologizados sem necessidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Essa visão distorcida existia no DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), principal manual da psiquiatria que, na definição do transtorno do desejo hipoativo, enquadrava os assexuais. Porventura, na quinta versão do manual, reconhecendo a não necessidade de patologizar a assexualidade, a definição do transtorno foi alterada ocasionando em sua interpretação a não inclusão dos assexuais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://4.bp.blogspot.com/-qmwbSPb0lFg/V-LdG8I57NI/AAAAAAAAVcM/mjceFGBd_507HURTP_M7rlIOIjM-RKbtgCLcB/s1600/loribrotto.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://4.bp.blogspot.com/-qmwbSPb0lFg/V-LdG8I57NI/AAAAAAAAVcM/mjceFGBd_507HURTP_M7rlIOIjM-RKbtgCLcB/s320/loribrotto.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lori Brotto</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Lori Brotto</b>, uma das maiores pesquisadoras a nível mundial da assexualidade, ao começar a ter contato com o tema acreditou que os assexuais seriam portadores de transtornos que justificariam a assexualidade. Sua primeira hipótese era que os assexuais achavam não sentir atração sexual por problemas como: stress pós-traumático, depressão, problemas de saúde, ansiedade, problemas no coração, alienação, pensamento suicida, dentre outros. Entretanto, ao entrevistar assexuais e entender melhor quem eles eram, ela percebeu que esses problemas não caracterizavam o comportamento da maior parte das pessoas dessas comunidades e que, na verdade, eles não justificavam a assexualidade como ela imaginara de início. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse exemplo de Lori Brotto, juntamente com os trabalhos de outros pesquisadores como <b>Elisabete Oliveira</b> e <b>Anthony Bogaert</b>, mostram que a ideia patológica que muitos possuem sobre a assexualidade reflete um preconceito, já que essa ideia é um julgamento pejorativo da assexualidade sem provas concretas e científicas de que ela seria verdadeiramente um problema ou uma doença.</div>
Shahttp://www.blogger.com/profile/10866334221124235267noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5224410628320734688.post-82172112584812550352016-09-21T14:29:00.001-03:002016-09-21T16:08:56.065-03:00As Subclassificações da Assexualidade<div style="text-align: justify;">
Com a organização dos primeiros grupos de assexuais em comunidade, percebeu-se que haviam diferenças e semelhanças na forma de manifestação da assexualidade em cada pessoa. Visando organizar o entendimento sobre esse tema, a AVEN – Asexual Visibility and Education Network (Rede de Educação e Visibilidade Assexual) – formulou algumas classificações para elucidar essas diferenças. E as principais subclassificações da assexualidade criadas são: </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>• Romântico </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>• Arromântico </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>• Lithromântico </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>• Gray-a </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>• Demirromântico </b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O assexual romântico é aquele que, apesar de não ter interesse na prática sexual com outra pessoa, pode ter interesse romântico. Ou seja, é a pessoa que pode se apaixonar ou que tem interesse por relacionamentos românticos. Os assexuais românticos podem ser heterorromânticos – têm interesse por pessoas de outro sexo –, homorromânticos – interesse por pessoas do mesmo sexo –, birromânticos – interesse por pessoas de ambos os sexos –, ou panromânticos – o interesse romântico ultrapassa a ideia binária dos gêneros. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em oposição ao romantismo, o assexual arromântico seria aquele que não sente atração romântica ou que não possui interesse por relacionamentos românticos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O lithromantismo pode ser confundido com o romantismo ou o arromantismo, mas existem diferenças entre as subclassificações. O lithromântico pode se apaixonar, mas esse sentimento costuma se manifestar de forma platônica e idealizada, não se materializando no mundo concreto. Ou seja, o lithromântico, assim como o romântico, pode se apaixonar, e assim como o arromântico, não tem interesse por relacionamentos amorosos, pois eles só podem existir na idealização do assexual lithromântico. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Também existe confusão no entendimento entre a demissexualidade e o gray-a, pois, nesse caso, ambas as subclassificações abrangem os assexuais da área cinza, ou seja, aqueles que podem sentir atração sexual, mas que não chegam a ser sexuais como os heterossexuais, homossexuais, bissexuais e pansexuais. O demissexual é aquele que só consegue sentir atração sexual por alguém se tiver grande sentimento romântico por essa pessoa, já o gray-a pode sentir atração sexual em momentos e situações extremamente específicas, sem que essa especificidade esteja necessariamente relacionada à atração romântica. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>E qual é o posicionamento da Comunidade Assexual sobre essas subclassificações?</b> </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Inicialmente, a maior parte dos membros da CA utilizavam as subclassificações de forma irrestrita, assim como em outras comunidades assexuais, mas alguns problemas começaram a surgir por causa disso. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Alguns membros do fórum começaram a apresentar-se confusos e angustiados por não conseguirem se identificar com nenhuma das subclassificações da assexualidade. Esses membros não tinham interesse na prática sexual com outros, mas não conseguiam se identificar como românticos, arromânticos, ou com alguma das outras classificações. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A utilização de forma irrestrita das subclassificações passava a impressão aos novos membros de que a identificação com alguma delas era atitude obrigatória, e isso era extremamente problemático, pois considerando que a sexualidade se manifesta diferentemente em cada pessoa, um conjunto de subclassificações não poderia abranger toda a diversidade da assexualidade. Por isso, de forma tímida começou a surgir um pensamento diferenciado quanto às subclassificações que acabou se expandindo e, hoje, é praticamente unânime na comunidade. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Não somos contrários às subclassificações, pois, em um primeiro momento, ela contribui com o entendimento da diversidade que existe entre os assexuais, e ajuda como uma forma de identificação inicial para boa parte dos assexuais. Porém, não podemos ver as subclassificações como meios de identificação obrigatórios e muito menos como uma síntese exata e perfeita da diversidade assexual, pois elas não o são, já que não conseguem abranger todos os assexuais. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Portanto, também adotamos essas subclassificações, mas com maior cautela e cuidado, priorizando a individualidade da pessoa assexual, e não uma generalização inexata.</div>
Shahttp://www.blogger.com/profile/10866334221124235267noreply@blogger.com15tag:blogger.com,1999:blog-5224410628320734688.post-49779289957212512782016-09-21T09:44:00.001-03:002016-10-22T18:11:23.082-02:00Assexuado ou Assexual?<div style="text-align: justify;">
A assexualidade, como possível orientação sexual e uma das formas de manifestação da sexualidade humana, é ainda pouco conhecida no mundo, e, consequentemente, também é pouco conhecida no Brasil. E no nosso país, entre as pessoas que conhecem ou já ouviram falar da assexualidade, o termo mais comum de referência à pessoa assexual é "assexuado" ou "assexuada".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas qual é a correta forma de referência? Por que as comunidades virtuais preferem o termo "assexual"? E como o termo começou a ser adotado dessa forma?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Origem e popularização da denominação "assexuado"</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nos Estados Unidos, onde as comunidades assexuais se originaram, <i>"asexual"</i> foi a forma adotada de denominação aos assexuais, apesar de ser o mesmo termo usado à forma de reprodução dos seres assexuados, aqueles que se reproduzem por bipartição.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No Brasil, por sua vez, quando o conhecimento sobre a assexualidade começou a chegar, a tradução literal dos textos em inglês sobre a assexualidade colocava o nome "assexuado" como a correta tradução para o termo <i>"asexual"</i>, referindo-se à forma de reprodução assexuada. A partir disso, comunidades "assexuadas" se formaram pela antiga rede social Orkut, e essa se tornou, inicialmente, a forma de identificação das comunidade no Brasil.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Entretanto, a verdadeira popularização da denominação "assexuada" no nosso país se deu oficialmente com a temporada de 2010 da novela Malhação, a partir de um personagem assexual que se caracterizava como "assexuado".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-XJocSO4R22E/V-LBOru_M1I/AAAAAAAAVb8/Xwc4ax0AniwXmOJ-0JRETaW_Sc8LBPQ6wCLcB/s1600/ale-malhacao-assexuado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-XJocSO4R22E/V-LBOru_M1I/AAAAAAAAVb8/Xwc4ax0AniwXmOJ-0JRETaW_Sc8LBPQ6wCLcB/s320/ale-malhacao-assexuado.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Alê, o personagem assexual.</td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Hoje, nas comunidades assexuais brasileiras, o termo "assexuado" não é mais utilizado. Mas por quê?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Primeiramente, temos que ter em mente que não chamamos as pessoas de outras orientações sexuais de "heterossexuadas", "homossexuadas" e "bissexuadas". E como a assexualidade está mais próxima do lugar de orientação sexual, "assexual" passa a ser a denominação mais adequada.
Além disso, como já foi falado, "assexuados" são os seres unicelulares que se reproduzem por bipartição. Logo, como os assexuais não são capazes de se reproduzirem de forma assexuada, não poderiam ser chamados de "assexuados", mas sim de "assexuais".</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E é assim que nós nos identificamos.</div>
Shahttp://www.blogger.com/profile/10866334221124235267noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-5224410628320734688.post-47152163819199891802016-09-21T09:37:00.002-03:002016-09-22T11:06:07.699-03:00Símbolos da Assexualidade<div style="text-align: justify;">
Ao decorrer dos anos, e com um maior número de pessoas autoidentificadas como assexuais nas comunidades espalhadas pelo internet, começaram a surgir alguns símbolos para caracterização desses grupos os quais acabaram ganhando conotação universal dentro do contexto da assexualidade.
Falaremos sobre quatro desses principais símbolos, os quais surgiram na AVEN – Asexual Visibility and Education Network (Rede de Educação e Visibilidade Assexual) – e depois ganhou adesão de outras comunidades espalhadas pelo mundo. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Bandeira assexual</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-UQX5RaPNXGw/V-J-6ZJO2SI/AAAAAAAAVbo/vzEB27P9FZgxSNvwXVtQ-PWF0xzBYpwjQCLcB/s1600/bandeira-assexual.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim como em outras orientações assexuais, a assexualidade também possui a sua bandeira, em que cada diferente cor possui um significado próprio.
A cor roxa é a cor padrão das comunidades assexuais. Representa a coesão dos grupos assexuais e os identifica com um padrão visual.
Dentro da fluidez sexual humana, podem existir heterossexuais, homossexuais e bissexuais, que experienciam atração sexual ou interesse na prática sexual (cor branca), também podem existir os assexuais, que se caracterizam de forma oposta aos sexuais (cor preta), mas também há pessoas que se encontram em um estado intermediário, experienciando atração sexual em situações e momentos muito específicos (cor cinza).
Percebe-se, então, que as cores preta, cinza e branca representam essa gradação da sexualidade humana. As pessoas representadas pelas escalas cinza e preta são as pertencentes ao grupo de assexuais, já aquelas da branca são as sexuais (hetero, homo ou bi) simpatizantes ou apoiadoras da questão assexual.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Triângulo assexual</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" height="175" src="https://1.bp.blogspot.com/-dEQ8DJT0edI/V-J-oLesLQI/AAAAAAAAVbk/L6bVjbTjDsMIUCUSIRzxd0yiXJCLp8gVQCLcB/s200/ace-logo.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="200" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A partir da explicação da bandeira assexual, torna-se fácil o entendimento desse segundo símbolo.
Considerando que a sexualidade humana é fluida, e que ela se manifesta diferentemente em cada pessoa, as diferentes orientações sexuais não estão totalmente segmentadas, mas sim coadunadas, como em um degradê, representado por esse símbolo.
As duas pontas da parte superior correspondem à heterossexualidade e à homossexualidade, sendo a bissexualidade a parte central. A ponta inferior seria, então, a assexualidade.
Assim, esse triângulo representaria melhor a sexualidade humana do que a simples fragmentação das orientações sexuais usada atualmente, pois existiriam algumas pessoas mais e menos heterossexuais, mais e menos homossexuais, e também mais e menos assexuais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Bolo</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" height="320" src="https://4.bp.blogspot.com/-CKDuqlZ_eFc/V-J-gkzEKJI/AAAAAAAAVbg/R23kFhLe-E0gOTFkdVAu1TPG47RYOVASgCLcB/s320/bolo-assexualidade.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse símbolo é produto de uma grande brincadeira existente nas comunidades assexuais.
Como para o assexual, até bolo pode ser melhor que sexo, a comida acabou sendo adotada em brincadeiras sobre a assexualidade, em comparações, e se tornou até mesmo uma forma de se desejar boas vindas aos novos membros de algumas dessas comunidades, principalmente na AVEN.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Ás de copas e de espadas</b><br />
<b><br /></b>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><img border="0" height="228" src="https://2.bp.blogspot.com/-kP3nAp9vOzY/V-PdJdUOl4I/AAAAAAAAVd0/sIYkjWejDqcuFeP6wfjrOei3zyiCl5ChACLcB/s320/cartas.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="320" /></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="text-align: justify;">
Em inglês, a pronúncia da primeira parte do nome "<i><b>ase</b>xual</i>" é "<i>ace</i>", que em inglês, é a forma de se chamar a carta "ás" do baralho.
Com isso, ás se tornou o símbolo para os assexuais. O de copas para os românticos e o de espadas (que parece um coração de cabeça para baixo) para os arromânticos. Os assexuais se chamam de <i>ace</i>.</div>
Shahttp://www.blogger.com/profile/10866334221124235267noreply@blogger.com20